O CEO da Huawei defende a Apple do veto chinês: "Ela é a professora de todos"

Continuamos a polêmica implantada por Donald Trump com as irracionais medidas de veto aos produtos da empresa chinesa Huawei, acusada de espionagem, embora lembremos, não há uma única evidência dessa acusação. Muito se espalhou pelo boato de que a próxima grande vítima pode ser a empresa de Cupertino, a retaliação mais extravagante que o governo chinês poderia tomar contra a interferência dos Estados Unidos da América. Porém, o CEO da Huawei é claro: "Aprendi com a Apple, devo ir contra meu professor?" Há um pouco de sanidade na novela contra a Huawei.

O carismático CEO da Huawei, com um passado militar no Partido Comunista Chinês, ofereceu uma entrevista a Televisão Bloomberg. Nele, Ren Zhengfei afirmou que será o primeiro a protestar no caso de a China retaliar a Apple por toda a questão do bloqueio que a Huawei está sofrendo. Na verdade, como podemos ver no vídeo, este assunto tocou especialmente sua fibra, o que ele demonstrou levantando o punho e dizendo:

 Sem a Apple não teríamos internet móvel (...) A Apple tem sido nossa professora, está à frente de todos nós. Como aprendiz, devo ir contra meu professor? Nunca. 

Trump se entrega: é tudo uma estratégia de negócios

Recentemente, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América, fez algumas declarações que não estão imunes a polêmicas, em seu tom habitual. Neste caso, ele enfatizou que logicamente o problema da Huawei "Estar na mesa" na próxima reunião que os dirigentes dos Estados Unidos da América e da China vão manter para tentar afrouxar as tensões atuais a respeito de tarifas e esse tipo de Guerra Fria comercial que ambas as potências mantêm mas ... a que se deve tudo isso?

Todos concordamos que, em nível tecnológico, rapidamente pensamos nos Estados Unidos como uma potência mundial, mas a realidade é bem diferente, o gigante asiático investiu centenas de milhão nos últimos anos em I + D + I com o intuito de se posicionar como líder tecnológico mundial, e é que o campo de batalha das guerras do futuro será claramente digital. Uma corrida em que os Estados Unidos se tornam mero espectador, já que o hardware made in America está cada vez mais escasso e menos viável economicamente.

Tecnologia 5G: Trump tem medo dela?

O 5G é o primeiro passo para a total descentralização das telecomunicações, com esta tecnologia de transmissão de dados sem fio encontraremos velocidade, rapidez e estabilidade a tal ponto que não será necessário investir em infraestrutura física como cabeamento, roteadores, etc. Como bem sabemos, A Huawei é líder em tecnologia 5G, sendo a única empresa atualmente capaz de promover esta tecnologia, fabricá-la e vendê-la em massa para grandes operadores de telemarketing Com quem trabalha há uma década, como Movistar, Orange e Vodafone.

Essa tecnologia posicionaria a Huawei como uma empresa líder no setor de tecnologia pela dependência que todos, desde empresas até usuários, teriam de seus produtos. Longe vão a IBM (agora propriedade da chinesa Lenovo), Hewlett Packard (HP), Cisco e todas as empresas norte-americanas que indiscutivelmente governavam o mundo pelo hardware, e é que nos Estados Unidos eles parecem ter se concentrado mais em software, como aconteceu com o Google, a Microsoft e até o Facebook. No entanto, esses softwares não permitem o controle das telecomunicações, na verdade são um ator secundário que provavelmente acabará sendo substituído por outro semelhante.

Como o veto da Huawei pode afetar a Apple?

Obviamente, o governo do gigante asiático, que não é exatamente caracterizado por sua paciência e sutileza de suas ações, mais cedo ou mais tarde tomará as medidas necessárias para informar Donald Trump de que seu país não tem medo. O melhor cenário seria impor qualquer tipo de restrição que afete diretamente a Apple, empresa norte-americana líder no setor e, por que não dizer, com uma vitrine informativa que nenhuma outra possui, Qual a melhor maneira de dizer "aqui estou"?

Logotipo de Huawei

É por isso que enquanto todas as agências disponíveis nos Estados Unidos da América se esforçam para virar as costas à Huawei o mais rápido possível, os usuários da firma da maçã mordida aguardam o próximo movimento, pois lembramos que a Huawei já havia tornar-se o segundo maior fabricante mundial de telefones celulares. Estaremos atentos a eventos futuros, embora tudo pareça um cabo-de-guerra de Donald Trump para pressionar as negociações que ocorrerão nas próximas semanas, e esperamos que tudo volte ao normal mais cedo ou mais tarde, porque a competição é sempre boa, o verdadeiro beneficiário é o usuário.


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