Apple critica duramente o projeto de lei anti-criptografia da Austrália

cabouqueiro

Desde junho passado, o governo australiano está considerando um projeto de lei que obrigará as empresas de tecnologia, incluindo Apple, Amazon, Google e Microsoft, entre outras, para fornecer assistência a agências governamentais que investigam crimes violentos, um projeto de lei que pode abrir um precedente em todo o mundo.

Segundo o governo do país, a criptografia de comunicações é um problema, já que toda vez são mais usados ​​por grupos terroristas e criminosos organizado para evitar ser descoberto. Esta é a premissa na qual a maioria dos governos confia para poder acessar os dados do usuário, apesar de estarem criptografados.

Como podemos ler no TechCruch, a Apple enviou uma carta de 7 páginas ao Parlamento australiano criticando este projeto de lei. Segundo a Apple, o projeto é "perigosamente ambíguo" e explica a importância da criptografia para proteger a segurança nacional e as vidas dos cidadãos de criminosos que estão encontrando maneiras cada vez mais sofisticadas de acessar dispositivos gerenciados pelo iOS.

De acordo com a Apple, diante dessas ameaças, agora não é hora de tornar a criptografia vulnerável. Existe um risco profundo em tornar o trabalho dos criminosos mais fácil, não mais difícil. A criptografia está ficando mais forte, não mais fraca, então é a melhor maneira de se proteger contra esses tipos de ameaças.

A Apple questiona a ideia de que criptografia mais fraca é necessária para ajudar nas investigações de aplicação da lei, agências de aplicação da lei que já processaram mais de 26.0000 solicitações de dados para ajudar a solucionar crimes na Austrália nos últimos 5 anos.

A Apple também afirma que a proposta é vaga e não especifica muitos aspectos, já que, de acordo com o projeto de lei, o governo poderia ordenar às empresas que fabricam alto-falantes domésticos inteligentes instalar dispositivos de escuta ou exigir que os fabricantes de dispositivos tenham uma ferramenta para desbloqueá-los.

A empresa sediada em Cupertino termina a carta afirmando que estabeleceria um precedente perigoso com sérias implicações para o futuro da criptografia de smartphones.


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