Quando as coisas não vão bem em uma empresa tão grande como a Apple, muitos são os analistas que começam a fazer números e tentam descubra quais podem ser as razões. Existem várias razões que Tim Cook exibiu outro dia quando anunciou uma queda na previsão de receita durante o primeiro trimestre de 2019 (que corresponde ao último trimestre de 2018).
De todos eles, parece que o que mais se fala é o problema da China, a principal fonte de receita da Apple nos últimos anos. Vários analistas do Bank of America Merril Lynch sugerem que a Apple enfrenta um "boicote à informação" potencialmente preocupante dos consumidores na China e na Índia.
Segundo este banco, o interesse dos usuários em atualizar o iPhone está em declínio e a maior parte do entusiasmo dos consumidores nesses países está agora em terminais feitos pela Huawei e Samsung. Além disso, de acordo com este relatório, o aumento das conversas sobre a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China não está ajudando a situação, sendo a Apple a principal vítima de todo este caso.
Os analistas do Bank of America atribuem o problema a três questões principais:
- O medo de uma guerra comercial já minou o mercado de ações dos EUA e as perspectivas só estão piorando.
- A guerra comercial tende a enfraquecer o yuan, tornando uma ampla gama de produtos americanos menos competitivos e, portanto, baixando o valor em dólares das receitas externas.
- O boticô informal para os produtos dos Estados Unidos aumenta ainda mais o déficit comercial entre Estados Unidos e China.
Usando os dados publicados pelo Bank of America, a Bloomberg fez um gráfico no qual podemos ver como a Apple se tornou o terceiro maior vendedor de dispositivos móveis na China, sendo superado por Xiaomi. Inicialmente, não deve cair para a quarta posição, mas se as tensões políticas entre os dois países continuarem, isso não pode ser descartado.